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23 março 2012

A greve e a imprensa: menos pessoas, mais violência, uma fotografia


A segunda greve geral em quatro meses. Uma manifestação contra a austeridade que não conquistou tanta adesão como as anteriores. Um protesto em que os vestígios de violência se acentuaram. É assim que a imprensa internacional está a escrever sobre a greve geral de ontem em Portugal.
Hugo Correia. É o nome do autor da fotografia que está a ser associada à greve geral do dia de ontem nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social: a imagem da Reuters em que a fotojornalista da AFP é agredida com um bastão de um agente policial.

Na página da AFP há outras imagens. As tiradas por Patrícia de Melo Moreira, a repórter agredida, no Chiado. Uma delas tem como legenda a seguinte frase: “Um agente da polícia usa o bastão num participante da manifestação na sequência da greve geral de 24 horas em Lisboa”. 

As fotografias representam um ponto que tem estado a ser levantada pelos vários órgãos de comunicação social. 

“Uma fotógrafa da agência de notícias France Presse [AFP] foi atacada com um bastão por um policial durante os protestos contra medidas de austeridade”, escreve o jornal brasileiro “Globo”.



À AFP, a fotojornalista atingida disse que a paralisação decorreu de “forma pacífica”. O “Financial Times” escreve que, “de um modo geral”, as manifestações que ontem se realizaram em Portugal foram “ordeiras e pacíficas”. 

“No entanto, três pessoas, incluindo um repórter fotográfico, ficaram feridos em Lisboa, quando a polícia carregou sobre um pequeno grupo de jovens manifestantes que não pertenciam à CGTP”, salienta a publicação britânica, dizendo que foi um protesto em que participaram menos manifestantes, quando comparados com movimentações anteriores. Uma afirmação que se encontra também em vários órgãos de comunicação social internacionais. 

Por sua vez, a Press TV, canal estatal iraniano, fala em “brutalidade policial” e em “tensões” como os pontos a salientar da paralisação, convocada pela CGTP, que ontem afectou o país. 

O “Washington Post”, citando uma notícia da Associated Press, fala já nas consequências desses momentos: o facto de ter sido aberto um processo de averiguações aos incidentes em que a repórter fotográfica da AFP, e também o fotógrafo da agência Lusa, foram alvo de acção policial. 

“Um vídeo mostra a polícia a bater no fotógrafo da Lusa, enquanto este está deitado no chão a gritar que faz parte da imprensa”, descreve também a AP.



Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=546651

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